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Tratando as agressões - Salmo 119.42

Assim terei que responder ao que me afronta, pois confio na tua palavra.  Salmos 119:42


  

O salmista precisava de sabedoria para responder afrontas. Nós precisamos de sabedoria para responder afrontas.
 
Quando levamos um soco nossa tendência é erguer o punho e devolver com força. Ninguém é de ferro, depois de desferirmos o  soco, a  ira ainda continua, ela já tomou conta do nosso ser,  somos levados a agredir mais e mais até que a ira esteja satisfeita. Depende de cada pessoa, o quanto ela se sente ofendida ou machucada até parar de bater. Até que ela se sinta devidamente vingada do ultraje.
Pior do que um soco, às vezes, uma palavra pode ferir muito mais. Uma ofensa,  uma calúnia, dirigidas contra nossas vidas podem fazer sangrar nossa alma, machucar profundamente nosso  íntimo. As vezes nem uma tunda pode doer tanto.

E neste caso somos levando também a revidar, com mais força e violência ainda. E o pior é que quando revidamos (geralmente) levamos junto uma carga muito maior de ofensa do que recebemos. Isso é próprio do ser humano, faz parte de sua natureza pecadora.
Mas esse não deve ser o ideal do cristão. Naturalmente, Cristo não nos chamou para sermos inertes e passivos, aceitarmos qualquer agressão sem nos defender. Nós temos o direito de nos defender.  Porém não dá forma como o mundo ensina. Agressão só gera mais agressão. Jesus se defendeu das acusações injustas dos fariseus, Paulo argumentou com o sinédrio. Por outro lado,  em caso de agressão física temos o legítimo, direito de nos defender para evitar o pior. Mas aqui não vou tratar da defesa da integridade física, vamos falar de agressões morais e verbais.
Sobre isso, é necessário que aprendamos a nos defender sem agredir, fazer com que nossa resposta às afrontas sejam   maduras, espirituais, francas e firmes  e que sempre sejam restauradoras.
Agressão nunca é  uma resposta apropriada. Nosso dever não é julgar, não é punir a pessoa, isso não é conosco, isso é com o Senhor. Mesmo agredidos devemos perdoar e tentar esquecer a ofensa.Uma resposta firme e saudável, mesmo que seja confrontadora não deverá vir regada de ira nem contenda. Sem ironias, sem desprezos, sem maldade. Firmes e com amor, sempre. Lembre-se a vingança não restaura, mas amplia as mágoas.
Existe uma grande diferença entre o médico que usa o bisturi para cortar, fazer uma incisão cirúrgica na ferida e depois sará-la  e o ímpio que usa da faca para cortar e matar quem o está agredindo. Os dois cortaram, mas um foi para curar outro para se vingar.
Muitas vezes é preciso ser como este médico que usa o bisturi para  cortar a carne , expor a ferida, para depois limpá-la e tratá-la; nós, em alguns casos, precisamos ser duros e inflexíveis com quem nos afronta, mas não para ferir e magoar esta pessoa, mas para fazê-la parar, refletir e mudar suas atitudes. 

Há de se dizer que, diante de certas ofensas ficamos sem respostas, boquiabertos, sem saber o que dizer. Sofremos agressões que nos fazem chorar em alguns casos. Não  tão raro é que estas afrontas venham  de amigos queridos, de dentro da família, do esposo ou esposa. Neste caso é ainda mais evidente que  você quer responder, precisa dizer algo, mas não deseja precisa destruir a pessoa, não quer dizer que tenha de machucá-la, mesmo que na hora o desejo seja esse.

Saber responder é uma grande virtude, e aprender exige comunhão com Deus, e  conhecimento bíblico. Quem conhece a Palavra, confia nela acima de tudo e usa esta Palavra para responder aos que o confrontam.
A Palavra de Deus é o bisturi que o médico chamado Espírito Santo utiliza para que respondamos e tratemos satisfatoriamente as agressões. 
O salmista confiava que sempre saberia responder as afrontas, Deus o ajudaria, as Escrituras lhe garantiriam saber suficiente para tal.
O Senhor vela pela sua Palavra e quem faz dela uso correto será honrado.

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