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Conservadores ou Revolucionários? Salmos 119:52

Lembrei-me dos teus juízos antiquíssimos, ó Senhor, e assim me consolei.  Salmos 119.52


Está  se tornando cada vez mais complicado permanecer na sua vida social sem ser atacado por suas posições. Especialmente para quem cultiva valores antigos. Basta refletirmos como as palavras "revolução", "progresso", "modernidade", "mudança" são usadas com muito mais frequência do que as palavras "preservar", "conservar", "proteger", 'perpetuar", por exemplo. E não só com mais frequência, mas também , "revolução" e "mudança" são quase sempre agregados a valores positivos e saudáveis.
   
Apesar da sociedade moderna invariavelmente desprezar os conservadores,  é fato que essa característica pode ser bem  positiva,  para a vida do crente. Basta saber o que guardar, o que preservar. 

  
Aquele que sabe guardar, proteger e conservar terá sempre, no fim, a melhor parte. Bom é adquirir, mas melhor é conservar.  
Johann Wolfgang Goethe


Goethe concordava com o salmista, os dois entendiam o valor das coisas antigas, o valor de conservar o que  possuímos, assegurar-se de manter o  que for bom.
O salmista expressava que os juízos de Deus eram antiquíssimos e, para ele isso era um elogio! Para os antigos hebreus uma coisa  antiga tinha bastante valor, as coisas mais velhas eram preservadas com cuidado. Os anciãos eram reverenciados e detinham a autoridade familiar, o vinho antigo era muito mais apreciado  que o novo, uma lei ou ensino  ou tradição  tinha muito mais peso quando era preservada por décadas ou séculos.

O salmista tinha segurança ao entender que os divinos preceitos eram bastante antigos. Eles eram bem conservados, bem protegidos e valorizados. Conservar os valores, do ponto de vista bíblico,  implica observância à sã doutrina, a qual nos leva à santidade, à prudência e a ter bons costumes. O verdadeiro cristão é conservador, conserva valores, valores bíblicos.

Há muitos jovens de hoje em dia que acham que deve haver mudança pela mudança, luta pela luta, revolução por revolução, como se somente o ato de mudar resolvesse algo.

Existem conquistas que as gerações passadas lutaram muito para adquirir e nós podemos jogá-las fora se  somente pelo gosto de mudar for nosso motor. Se você quer saber o que deve guardar, guarde os valores antigos, guarde as instruções de seus pais e seus avós ( quando crentes. O pois eles tem experiência de vida para ampliar nossos horizontes espirituais.


O revolucionário mais radical se torna um conservador no dia 
seguinte à revolução.
 Hannah Arendt 


Segundo a filósofa Arendt,  ele, o jovem revolucionário,  assimila aquilo que ele conquistou como o suprassumo do correto, do justo, e idealiza o seu feito.

Ser conservador também significa manter o que é bom, verdadeiro, e não significa de modo algum  apegar-se no passado com todas as a suas falhas e fracassos adotando um modelo antigo sem nenhuma reflexão. Conservar não é compactuar com erros do passado nem querer que a tradição valha por si mesma. Conservar significa que não devemos descartar fora tudo que é antigo, tudo aquilo que não advém da revolução e da conquista.

Ser alguém conservador não significa lutar contras mudanças, contras melhorias, não é pensar que as gerações mais novas não tem nada a acrescentar, isso seria caduquice, ignorância. O conservador é aquele que sabe diferenciar o que é valor e o que é costume, o que é princípio bíblico do que é recomendação humana.

Mudar nem sempre é bom negócio, muitas vezes em busca de uma mudança que vai melhorar nossa vida procuramos coisas que vão mais é estorvar e atravancar nossa realização pessoal. Reflita, tem horas que é preciso deixar as coisas como estão e batalhar pelo que se já conquistou.

Focar no que Deus nos deu, no que Ele nos fez, no que recebemos de nossos antepassados, pastores, amigos e parentes. Construir onde já há alicerce sólido é muito mais fácil e nosso trabalho fica mais produtivo. Se nos empenhamos só na mudança, na troca e só na conquista,  abriremos a guarda para que nos roubem aquilo que já alcançamos.

Como cristão é mais do que natural a  nossa adesão a princípios e valores atemporais, que não mudam com o tempo nem com o gosto da sociedade. Valores como o combate ao aborto, combate ao homossexualismo, combate ao adultério, combate ao fumo, às drogas, valorização familiar, da autoridade masculina do lar, entre outros. 

As coisas antigas, os mandamentos antigos,  trazem confiança. Eles são como balizas que norteiam nossa tradição e nos podem orientar quando forem necessárias mudanças pontuais.  Eles já resistiram à muitas épocas  e  gerações por isso mostram-se dignos de elevada estima.

Enquanto os ímpios nos dizem  que temos que mudar, temos que evoluir, nós os respondemos dizendo: "nós  precisamos ser conservadores. Precisamos conservar a fé que uma vez nos foi dada". E nós cremos que será preservada pelo auxílio do  Espírito Santo, é somente com seu auxílio que manteremos nossa fidelidade irrestrita à Palavra.

O salmista foi consolado em sua aflição pela lembrança da antiguidade dos mandamentos do Senhor. A revolução pode mudar muita coisa, mas nem sempre mudar muita coisa é preciso ou saudável. E, mesmo havendo necessidade de mudança, algo precisa ser conservado, especialmente os princípios bíblicos.

Comentários

Muito bom seu texto. Profundo e cheio de sabedoria. Obrigado Deus abençoe. Continue escrevendo sobre os alicerces antigos. Leia meu blogs se desejar.abraco

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