Porque
os homens certamente juram por alguém superior a eles, e o juramento
para confirmação é, para eles, o fim de toda a contenda.
Por
isso, querendo Deus mostrar mais abundantemente a imutabilidade do
seu conselho aos herdeiros da promessa, se interpôs com juramento;
Para
que por duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus
minta, tenhamos a firme consolação, nós, os que pomos o nosso
refúgio em reter a esperança proposta;
Hebreus
6.16-18
O
juramento sempre foi uma solenidade de extrema importância para os
contratos e formalidades de antigamente. Quando ainda não haviam o
sistema de assinaturas e a proteção do aparato jurídico, os
juramentos eram garantias para as partes contratantes e eram realizados em nome de algo importante e relevante para as
duas partes que pactuavam.
Lembro-me da escola quando algum de nós queria garantir o cumprimento de algum acordo, jurávamos pela vida do nosso pai. Se era algo mais
importante, ou se duvidavam que cumpriríamos, jurávamos por nossa mãe. Quando a coisa era demasiadamente séria jurávamos por Deus para encerrar a questão. A maioria dos meninos da minha época temia que um raio fulminante viesse dos céus se algum de nós estivesse mentindo. A
disputa acabava quando jurávamos, pois nenhum menino, por mais
levado que seja, mentia sob o juramento de Deus.
O
autor de Hebreus nos fala que Deus também jurou, e como não havia
nada superior a Si mesmo, jurou pelo seu próprio Nome.
A
Bíblia é surpreendente quando nos afirma que nosso Próprio Deus se
interpôs com juramento; Para nosso Deus era importante que
tivéssemos uma garantia dupla sobre a sua fidelidade em cumprir
suas promessas. As duas coisas imutáveis, as garantias que Deus nos
dá , são a Palavra de Deus e o juramento de Deus. Duas coisas
inequívocas.
Entre
nós colegiais , havia porém uma malandragem. Alguns que usavam o cruzar de dedos
como um meio de quebrar uma promessa. Quando alguém prometia algo estando com os dedos cruzados, essa promessa perdia a validade.
Dedos cruzados invalidava um juramento. Entre
as práticas de menino, muitos entendiam que isso era uma forma de
"trapaça".
Mas
para Deus não existe dedos cruzados. Sua promessa é infalível.
Deus não usa de artifícios para não cumprir seu pacto, basta ver
que Cristo morreu na cruz do calvário para cumprir sua promessa.
Deus não trapaceia.
O
Senhor estava preocupado em que tivéssemos convicção de que Ele
não nos abandonaria, não cansaria de nossas falhas. Ele se
compromete conosco de maneira especial, com juramento! Logo
temos esperança, temos encorajamento para prosseguir na jornada.
Há
uma aplicação bem prática em tudo isso.
Quantas
vezes nos sentimos desanimados e desestimulados a prosseguir na nossa
jornada de vida cristã diária por causa de um tropeço, uma falta,
um pecado? Quantas
vezes olhamos para o espelho e dizemos algo como:
"
Poxa rapaz, você não tem jeito mesmo...de novo?" ou ainda
"
Ser cristão não é para você, desista, você é um fracassado."
O
autor de Hebreus deixa um recado claro: a vitória não vem do homem
ou de sua capacidade de vencer ou superar obstáculos. Ela está
firmada legitimamente em Deus e em sua Palavra. Sua
promessa é infalível e imutável. Se você fracassou no caminho
saiba que percebemos um vencedor não no meio da caminhada , mas na
linha de chegada. Se você falhou, não desista, erga-se, há sempre
possibilidade de um novo começo para um filho arrependido.
Deus
não disse que desistirá de você e Ele não desistirá nunca! Deus
jurou!
Por
isso é necessário que nos encorajemos, ergamos a cabeça e
fortaleçamos os braços, tomemos nossa cruz e sigamos novamente no
caminho da santidade. Perdoados e restaurados prossigamos indefectivelmente no caminho infalível de Deus, o estreito caminho
de Cristo
O
Juramento de Deus é nossa segurança , nossa consolação.
Publicado em 20 de jul de 2017
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